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sábado, 16 de agosto de 2014

quinta-feira, 27 de março de 2014

Educação Sentimental

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Continuo com o olhar disperso

Desses que não seduzem ninguém. Até melhorei aquele abraço frouxo, meio sem graça. Agora abraço aproximando mais os corações.

Ainda continuo com mão gelada. Não gaguejo mais quando fico nervoso. Lembro-me de manter a postura.

Faço menos planos. Mas ainda pergunto se quer ter filhos.

Até já consigo ouvir mais do que falar. Não peço mais pra pagar toda a conta do restaurante.

Parei de ser tão insistente. Faço menos convites pra sair. Mando menos mensagens. Ligo menos também.

Nada de cinema com filmes românticos. Sem perfumes fortes. Sem distribuir muitos sorrisos. Sem parecer antipático. Sem roupas coloridas. Sem tom sombrio.

Mesmo nessa de educação sentimental

Ainda me apaixono fácil

Descubro que ainda peço pra sentir saudade.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

domingo, 20 de outubro de 2013

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Cabelos, vento e risos

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Quando o sinal abriu

Clara se fixou perto da faixa de pedestre

Os carros aceleraram

O vento também ficou veloz

Clara viu seus cabelos começarem a ser levados para todos os lados embalados pelo vento

Carros e mais carros aceleravam

O vento seguia alegrando os cabelos da menina

As suas mãos tentavam segurar os cabelos em fuga,

Mas faltavam mãos para segurar tantos fios

A força do vento criou um jeito engraçado

O sorriso veio pela brincadeira inesperada

Clara esperou o sinal fechar

Esperou tanto que agora seu corpo também já dançava no compasso do vento

Os carros não a viam ali do lado

O vento a queria

As mãos deixaram-se livres

Os cabelos fugiram de vez pra o alto

O sinal fechou

Tudo parou

Clara seguiu

Tinha alguns cabelos embaraçados e a mãe puxando sua mão

Eu também segui

Feliz por ter brincado também

Eu acelerei o vento por instantes para Clara continuar a dançar.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Olhos humildes

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É gente humilde que me encanta os olhos

Da humildade dos que casam no escuro da noite no sertão e ainda posam na foto

Dos que balançam a vida sentados na calçada de casa

Os que velam a morte na sala de estar, rezando, servindo café e pelejando a dor da perda

Os que fogem e viajam sem pressa olhando a novela na televisão

Ou mesmo os que não viajam, mas vivem a realidade sem pressa.

Quem ensina aos filhos o valor do lápis: escreva leve que a ponta não quebra.

O plástico que recobre o caderno, a mochila com remendo, o arrame na sandália

Esses que não roubam, mas confessam seus erros.

Os que emolduram a honestidade na testa

Desses que desviam da pobreza com dignidade

Os que abrandam a fome com caldo fino do feijão preto

Os humildes que guardam as sobras

E quando não sobra, engolem o orgulho para matar a fome.

 

sábado, 25 de maio de 2013

Poesia de Malandro

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Eu que não peço nada em troca

Me submeto a esse amar desencontrado

Típico e sorrateiro amor de esquina

Me visto de malandro e sigo

Apertando na mão dentro do bolso uma sobra de desapego

Vou incorporando a boemia e a carência para cortejar corações, vazios

Na lábia digo que presto favores e afetos

Sempre tem alguém desavisado querendo festejar

Basta debruçar sobre os lábios um fingir de beijos

Gasto toda madrugada por uma ilusão besta

Continuo precisando de o amor desencontrar

Pra perceber que não há pureza nisso

Nem tão pouco defeito

Isso nem é amar

O malandro não ama

Ele tira proveito

Eu observo, aproveito e escrevo.

 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Liberdade ao Poeta

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Meu amor, talvez você não entenda essa coisa de fazer poema não é pra te conquistar

Talvez você confunda minha arte com ilusão de amar

Não vendo amores, só me perco no pensar

Só risco minhas palavras firmemente

Você é que as lê como se eu as tivesse escrito, trêmulo e pálido de emoção

Não escrevo aos prantos

A culpa é tua por confundires minha letra com seus olhos de melancolia

Eu não compro versos de qualquer paixão

Poeta não é tolo, por vezes, apenas perde a razão

Não confundas minha poesia

Minha simples poesia

Cala tuas lágrimas ao lê-la

E entenda, de uma vez por todas, que a minha poesia não te conquista,

Ela me liberta.

Observando o Tempo

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